segunda-feira, 13 de julho de 2009

UM ESCUDO CHAMADO AMOR














Uma mulher apaixonadíssima pelo seu marido, poderia passar diante do Brad Pitt sem ter nenhuma atitude de admiração? de interesse? E um homem, será que não olharia para trás ao cruzar com a Angelina Jolie, ou com alguém tão bela quanto era a Farrah Fawcett?
É uma pergunta curiosa, e se a sua resposta for NÃO em ambos os casos, preste atenção pois isso é um sinal de alerta que alguma coisa não está indo bem no relacionamento. É isso mesmo, eu fiquei curioso com as questões acima e procurei, e a quantidade de sites que divulgaram uma pesquisa da Universidade da Califórnia sobre este assunto é muito grande, são páginas, blogs, portais, grupos e outros, como se todos tivessem a mesma preocupação ou o mesmo problema. Segundo esta pesquisa, o amor é um escudo contra o charme de outras pessoas e pode sim evitar que uma mulher olhe o Brad Pitt com outros olhos que não sejam o de um passante, assim como o homem cruzar com a Angelina Jolie e nem reparar no “balanço” da moça.
O estudo revelou que homens e mulheres apaixonados são menos afetados pela beleza de outras pessoas do que os casais que “já passaram pelo amor”. E o que é passar pelo amor? É deixar de amar?
Não precisa de nenhum estudo para saber que se não existir amor, nada resiste, tudo desaba.
E se este é um dos sinais de que alguma coisa esta ruim, quais são os sinais de que o amor passou? Alguém sabe? Alguém quer falar?
Indiferença, falta de comunicação, falta de desejo, afastamento e muitas outras coisas que temperavam o amor e que agora já estão guardadas na memória , são sinais claros que que o amor está passando, mais ainda não passou, sabe realmente quando ele passou? quando acabarem as brigas.
Quando alguém ou duas pessoas brigam, elas ainda estão por definir espaço, poder, território ou ideias, mas quando não existe mais a briga e só o conformismo, ai sim, acabou o amor, pois não vale mais a pena discutir, nem tentar convencer, nem disputar nada com alguém que não te interessa mais. Quando eu falo aqui em brigar, estou me referindo também aos casais que mesmo sem levantarem as vozes um contra o outro, brigam tanto quanto os outros, pois expoem suas ideias e dominam ou são dominados, avançam e recuam diplomaticamente, mas brigam. Mar de rosas só no dia 31 de dezembro nas praias brasileiras e assim mesmo a homenagem é para Iemanjá.
Eu quero chegar a uma história que representa tudo que o que eu quero falar, e principalmente provar que o Amor é um escudo. Recentemente vimos o drama de Farrah Fawcett e sua heróica trajetória rumo a morte, sua coragem sua esperança e seu amor pela vida. Sua vida, mesmo tumultuada, cheia de altos e baixos e constantes desentendimentos com o companheiro Ryan O’Neal, (o bonitão ai da foto ao lado), foi um relacionamento que sempre se diferenciou dos demais casais de Hollywood, venceu o tempo e muitas amarguras. Mas sabemos também que eles quase se degladiavam. No final da vida de Farrah, Ryan O’Neal ainda teve tempo de dizer para sua amada : Eu te amo, e quero me casar com você. Mas ela não pode responder.
Os sinais de que algo não estava bem com os dois foram claros, eram como o barulho da espada contra o ferro do escudo, mas eles não perceberam e só ao chegarem aos extremos é que entenderam o quanto se amavam. Mas já era muito tarde.
Posso dar um conselho? não precisa acontecer com você o que acontece com muitos casais por ai, basta você prestar atenção no modo como você olha outras pessoas.
O estudo da Universidade da California talvez seja um dos primeiros sinais concretos de que você precisa dar uma “apimentadinha” no seu relacionamento, achar alguém mais bonito que sua mulher ou seu marido é o primeiro barulho da espada contra o escudo। E se o Brad Pitt ou a Angelina Jolie passarem por você e você não estar nem ai para eles, corre para casa, pois amar é muito bom e quanto mais tempo se fica ao lado da pessoa amada, mais gostoso é.



REYROMANTICO

PROJETO CODEX SINAITICUS






O Projeto Codex Sinaiticus foi recentemente apresentado ao público na internet, este projeto já de longa data e com uma história no minímo intrigante, pois vem sobrevivendo ao tempo, e aos homens। Este livro foi preservado durante séculos no Mosteiro de Santa Catarina, no Monte Sinai, é datado de meados do século IV e o que sobrou de de sua parte principal foram 347 páginas, adquiridas em 1933 do governo soviético que agora está sob a guarda da British Library, outras 6 folhas que já se encontravam sob a posse dos ingleses e 43 folhas que estavam na Biblioteca Universitária de Leipzig, além de doze folhas e quarenta fragmentos pertencentes ao Mosteiro de Santa Catarina। O projeto juntou as quatro instituições em um acordo realizado em 2005 e permitiu que fosse possível unir todas as folhas conhecidas em um só lugar , ou melhor dizendo, o retorno ao estado original, o que permitiu sua publicação na internet.

Codex Sinaiticus é um dos livros mais importantes do mundo. Escrito a mão a mais de 1600 anos, o manuscrito contém a mais antiga referência da Bíblia Cristã em língua grega, incluíndo a mais antiga cópia completa do Novo Testamento. O seu texto é de substancial importancia para a história da Bíblia, por ser ele o mais antigo livro sobrevivente da antiguidade.
O Novo Testamento aparece no idioma original no vernáculo (koine) e o Antigo Testamento, na sua versão conhecida como Septuaquinta, que foi aprovada no primórdias do cristianismo pelos gregos-cristãos. No Codex, o texto de ambos os Septuaquinta e do Novo Testamento são fortemente corrigidas em uma série de anotações.
A importância do Codex Sinaiticus para a reconstrução do texto original da Bíblia cristã, da história da Bíblia e da história dos livros Ocidentais tornou-se imensamente importante.
Codex Sinaiticus significa “Livro do Sinai” e é considerado um dos mais antigos documentos completos sobre a Bíblia, existindo apenas um outro exemplar chamado Codex Vaticanus (mantida sob a guarda do Vaticano). O entendimento desta obra é de vital importancia para se entender que no início do cristianismo, houve uma ampla necessidade de se formar uma única linha de pensamento referente a doutrina cristã, e que nem sempre estes acordos do século quarto teriam sidos satisfatórios e pode-se encontrar variações entre os demais livros conhecidos.
Pode-se perceber que no grego a Septuaquinta do Codex inclui livros não encontrados na Bíblia hebraica e na tradição protestante considerados como apócrifos, tais como 2º Esdras, Tobias, Judith, 1º & 4º Macabeus, Sabedoria e Sirach. Anexo ao Novo Testamento estão as epístolas de Barnabé e “O Pastor”, de Hermas.
Este projeto encontra-se na internet no site Codex Sinaiticus na língua inglesa, em alemão, em russo e em grego




REYROMANTICO

AÇÃO DE ALMA

Nas Minas setecentistas, o cidadão empenhava muito mais do que a palavra para garantir pagamento de dívidas. Uma mistura espetacular dos mundos religioso, civil e econômico.
Matéria publicada por Maurício Lara – Estado de Minas – UAI
O compromisso era bem claro: deve, não nega, pagará quando puder e, enquanto isso não é feito, fica como garantia a própria alma do devedor. Era essa a lógica da figura jurídica conhecida como “ação de alma”, comum nos séculos 18 e 19, em que um juramento deixava penhorado um dos valores mais caros aos cidadãos da época, em uma espetacular mistura dos mundos religioso, civil e econômico. “A arte de bem morrer condicionou aspectos fundamentais da vivência do barroco nas Minas Gerais do setecentos”, conta a historiadora Cláudia Coimbra do Espírito Santo, que se especializou no assunto.
“A crença na salvação da alma e o medo da perdição eterna moldaram o comportamento de homens e mulheres na região mineradora. Sendo assim, o imaginário católico permeou as relações políticas, econômicas e sociais”, explica. Ela encontrou processos de “ações de alma” no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, na Casa Setecentista, em Mariana, no Arquivo Judiciário, em Pitangui, na Torre do Tombo, em Lisboa, e em São Luís do Maranhão.
As ações funcionavam assim: um suposto credor procurava o juizado civil, solicitando que o devedor fosse chamado em juízo para contestar a dívida ou jurar pela sua alma que iria pagar. Se o réu não aparecesse, era julgado à revelia, valendo o juramento do credor declarando a dívida. Se o réu aparecesse e, eventualmente, negasse o débito, prevalecia o juramento dele, ou seja, o suposto credor era desautorizado. “Se o devedor jurar que não deve, o autor da ação é condenado a pagar as custas”, informa a historiadora.
Nessas ações de crédito, “o respeito à palavra é fundamental”, explica Cláudia do Espírito Santo. Quem jurasse em falso cometia perjúrio, o que podia custar o bom nome à pessoa e dificuldades de relacionamento comercial. Na época, o meio circulante era muito restrito e os cidadãos dependiam muito do crédito para tocar suas vidas. Então, havia duas complicações para quem não cumprisse o juramento: perder o crédito e, consequentemente, o nome, e correr o risco de ir para o inferno. Além disso, os familiares do devedor continuavam responsáveis pela dívida na ausência do titular. O não cumprimento da sentença podia redundar no arresto dos bens do devedor.
“A palavra empenhada era aceita como forma de pagamento e de cobrança de dívidas. Seu uso como meio circulante estava imbuído de uma conotação moral. Em uma sociedade em que a escassez monetária era um dos fatores do endividamento das populações, o empenho da palavra se tornou um princípio fundamental para o sistema de crédito”, escreveu a historiada em uma de suas diversas publicações sobre o tema.
Esse valor da palavra empenhada podia ser comparado ao compromisso feito sobre o fio do bigode, ou seja, a base estava na palavra dada। “São os valores do antigo regime, que incluem a honra, a moral e a má fama. Nessa lógica, os políticos de hoje iam todos arder no fogo do inferno”, compara Cláudia do Espírito Santo. A historiadora, que fez dissertação de mestrado sobre o assunto e está aprofundando as pesquisas no doutorado, supõe que venha desse tipo de ação a expressão “endividado até a alma”.

REYROMANTICO